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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

PADRE CARLOS VAZ

melgaçodomonteàribeira, 26.12.15

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Em 5 de Setembro de 2009, completaram-se os 100 anos do nascimento do Padre Carlos. Nesse mesmo dia, um Sábado, houve missa solene em Roucas, presidida pelo bispo D. José Augusto Pedreira, e concelebrada por vários sacerdotes de Melgaço. Foi solenizada pelo grupo coral da Senhora-a-Branca, sob a regência do sobrinho Padre Júlio Vaz que, juntamente comigo, padre Carlos Nuno, é um dos organizadores desta obra. No final, houve uma romagem de sentida saudade e gratidão ao cemitério, junto do jazigo de família onde se encontra sepultado. Depois foi o convívio amigo e de lembrar o falecido. Vários foram os eloquentes testemunhos de que se deu conta em «A Voz de Melgaço» de 1 de Outubro de 2009.

    Não se pôde apresentar, nessa data, o livro com os textos que o Padre Carlos escreveu em «A Voz de Melgaço». Nem imaginávamos que tivesse escrito tanto e tão bem.

 

Padre Carlos Vaz: Uma Vida de Serviço

 

Carlos Nuno Salvado Vaz

Júlio Nepomuceno Vaz

 

Edição: Carlos Nuno Salgado Vaz

2010

 

IDADE DO BRONZE NO CONCELHO DE MELGAÇO

melgaçodomonteàribeira, 11.06.13

 

EXISTE UM NÚCLEO MUSEOLÓGICO EM MELGAÇO?

 

 

   É notória a falta de sínteses sobre a pré-história do Norte de Portugal, mormente no tocante à Idade do Bronze. Excepção feita à dissertação de doutoramento do Doutor Vítor de Oliveira Jorge que apenas aflora, como é óbvio, o Alto Minho, dois trabalhos nos serviram de base para estas linhas: o de Savory, publicado em 1951 na Revista de Guimarães e o de Philine Kalb apresentado em 1979 ao I Seminário de Arqueologia do Noroeste Peninsular.

   Destes, o primeiro é um repositório de locais e achados do chamado Bronze Atlântico em toda a Península, enquanto o segundo, polémico mas profundo, vem pôr sérios problemas que bem merecem uma cuidada atenção por parte dos pré-historiadores portugueses.

   Dado que, como atrás foi dito, é nossa intenção elaborar um ponto da situação e não apresentar conclusões sólidas, vejamos quais os principais achados da Idade do Bronze conhecidos no Alto Minho.

 

Esconderijo da Carpinteira

 

Bouça da Carpinteira – S. Paio – Melgaço;

5 machados de talão, duplo anel e dupla canedura;

2 com cabeço de fundição;

Sem vestígios visíveis de uso;

Depositados nos Museus Soares dos Reis e de Belém.

Bibl.:Portugália, II, 1945, pg. 475

 

Achados de Viçosa

 

Monte da Viçosa – Roussas – Melgaço;

1 machado de alvado, uma ponta de lança;

Machado com um só anel;

Ponta de lança fragmentada na parte do alvado.

Bibl.:Studium Generale, IX, 1961, pgs. 94-99

 

Retirado de:

Elementos para o Estudo da Idade do Bronze no Alto Minho

 

Por: José Augusto Maia Marques

 

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/7917.pdf

 

 

E SE AS PEÇAS REGRESSASSEM A CASA?

 

 

   O hábito, no séc. XIX, de os próprios arqueólogos trocarem entre si, ou entre as instituições museológicas a que estavam ligados, peças arqueológicas, é igualmente responsável pela sua dispersão, como sucede, por exemplo, com os materiais do depósito de Espite (Ourém) (Veiga, 1981), uns pertencentes ao Museu Santos Rocha, outros ao Museu Nacional de Arqueologia; ou o de Carpinteira (Melgaço) (Fortes, 1905-1908b), cujas peças se encontram distribuídas pelo Museu Municipal de Viana do Castelo, Museu Nacional de Soares dos Reis e Museu Nacional de Arqueologia.

 

Retirado de:

Depósitos de Bronze do Território Português – Um debate em aberto

Separata de O ARQUEÓLOGO PORTUGUÊS

Lisboa, 2006

Por: Raquel Vilaça