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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

HISTÓRIA DE UMA VIDA

melgaçodomonteàribeira, 17.12.16

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INTRODUÇÃO

 

Foi a instâncias da família que decidi alinhavar aspetos da minha vida no dia em que fiz 87 anos.

É um tanto arriscado, porque a memória já tem falhas, e há datas e nomes que já passaram à sonolência, assim como a cronologia dos acontecimentos. Só resta o que resta na memória.

Mas, se há lapsos de memória, o que fica escrito foi feito com honestidade sem intenção de distorcer. Ajudaram-me muito cartas que a Molly escreveu à mãe, de Timor e Austrália, cartas essas que lhe foram devolvidas depois de a mãe falecer. Aquelas cartas foram úteis para lembrar datas e episódios que já estavam em hibernação.

A linguagem é simples e direta, sem floreados. E não seria de esperar escrita mais elevada, considerando que deixei Portugal há mais de 60 anos. A sequência também não obedece a qualquer plano ou metodologia, fui escrevendo o que fui lembrando.

Não se trata, pois, de obra literária, mas sim dum repositório de eventos relacionados com uma vida cheia de experiências variadas.

 

 

HISTÓRIA DE UMA VIDA

Carlos Pereira de Lemos

CHIADO Editora 

Junho 2016

 

"O meu nascimento em 1926 não foi auspicioso. Quando tinha oito meses dirigi-me de gatas a uma lareira e peguei num carvão em brasa, o que deixou a mão direita arruinada para a vida inteira. Isto como resultado de assistência médica muito rudimentar no hospital de Melgaço e só quando tinha oito anos é que se resolveu o problema, tendo o dedo médio sido amputado porque estava ligado à palma da mão. Mas foi uma meninice de sofrimento. Felizmente em nada afetou as minhas futuras actividades e até teve um benefício, livrou-me de fazer o serviço militar."

 

Obrigado Comendador,

tem no sangue as nossas serras, vales, lonjuras do alto dos Laboreiro a olhar pra todo mundo.

 

CARNEIROS EM TRANSUMÂNCIA – EMIGRANTES CLANDESTINOS

melgaçodomonteàribeira, 08.03.13

 

 

Ricardo Manuel Ferreira Gonçalves, nascido em 13 de Setembro de 1957 em Ferreiros – Paderne – Melgaço.

Aluno errante, frequentou vários estabelecimentos de ensino, sendo actualmente estudante de Filosofia.

Militante activo do Partido Socialista desde 1974.

Foi aluno e professor na vizinha vila de Monção. Sempre à procura de novos conhecimentos e experiências, acabou por ser professor cooperante em Cabinda na R. P. Angola onde escreveu este livro, portanto na ocasião, ele também era um emigrante.

No regresso visitou diversos países entre eles a Nigéria, a Líbia, a Bulgária e a França.

Foi fundador e é actual Presidente do Grupo Desportivo e do Rancho Folclórico de Paderne – Melgaço. No que sente muita honra.

Este livro é dedicado aos emigrantes, e à entrada de Portugal na C. E. E. só possível pela existência do 25 de Abril. Para que a C. E. E. resulte numa Europa Unida, e num mundo mais livre e melhor.

E vem provar mais uma vez que os emigrantes, sozinhos, num esforço abnegado, entraram primeiro no mercado comum do que o próprio país, que os viu nascer. Mudando com o seu esforço titânico a História de Portugal principalmente nas regiões do interior, que teimavam há séculos em ser zonas de miséria e despersonalização.

Realizando assim a grandiosa epopeia que foi a emigração clandestina.

 

O autor:

 

Ricardo Gonçalves

«Carrola»

 

CARNEIROS EM TRANSUMÂNCIA

EMIGRANTES CLANDESTINOS

 

Autor: Ricardo Gonçalves

 

Capa: Rui Perdigão

 

Edição: Perspectivas e Realidades

Lisboa

 

EDIÇÃO PATROCINADA PELA

 

ASSOCIAÇÃO CULTURAL INÊS NEGRA