UM ESCULTOR MELGACENSE
ACÁCIO CAETANO DIAS
É natural de Prado, filho de Amadeu Maria Dias e de Maria Fernandes da Silva. Nasceu em 11 de Março de 1935.
Seu pai era um artesão, que trabalhava bem o latão e o cobre.
Como a vida económica em Melgaço era difícil, Acácio Caetano Dias procurou vencer essa hora difícil.
E conseguiu-o.
Aos 12 anos era «groom» no Grande Hotel do Peso e convidado por um hóspede, proprietário do Colégio Almeida Garrett, na cidade do Porto, vai para este colégio como ajudante de despenseiro, donde passa para a cozinha, sendo 2º cozinheiro.
Daqui voa para Lisboa e emprega-se nos Estaleiros da CUF, como apontador, passando a caldeireiro de cobre.
Como apontador, é admitido, em 1959, na agência de Cascais do Banco Nacional Ultramarino (BNU), onde, a seu pedido, passa a ser serralheiro e faz uma descoberta sensacional: inventa uma máquina de fechar correspondência e uma enfardadeira para enfardar papel velho. Recebeu um louvor.
Aproveitou as horas que o trabalho profissional lhe concedeu de descanso e fez os estudos indispensáveis com os quais foi colocado na Biblioteca, donde transitou para o Armazém de Móveis até à reforma em 1973.
A arte é a sua paixão. Dedica-se à escultura. Está presente com os seus trabalhos nas Feiras de Artesanato. E em tão boa hora que escultores de nomeada, como Lagoa Henriques, Soares Branco e Manuela Madureira, preferentemente, o estimularam, dando-lhe orientações que envolvem técnicas sofisticadas.
O apaixonado da arte, passa de aluno a mestre. E apresenta ao público as suas obras: expõe, em 1984, na Escola de Belas Artes, em Lisboa, e recebe uma menção honrosa; em 1985, na V Quinzena Cultural Bancária, no Hotel Altis, recebeu o 1º e 2º prémios de escultura; em 1988, na VII Quinzena Cultural Bancária, obtém menção honrosa; em 1990 na VIII Quinzena Cultural Bancária, no Palácio Foz, arrecadou o 2º prémio de escultura; recebeu em 1992 na IX Quinzena Cultural o 2º prémio de escultura; em 1993 na Artempresa I, promovida pelo Metropolitano de Lisboa, obtém o 1º prémio com o trabalho «Camilo Castelo Branco»; e o mesmo prémio alcançou-o em 1994 na X Quinzena Cultural Bancária, realizada no Palácio Foz.
Acácio Caetano Dias está presente como artista, na nossa terra, no Quartel dos Bombeiros Voluntários, com o «Bombeiro» de tamanho natural.
Suas obras venceram as fronteiras do País e encontram-se no estrangeiro: na França, na Arábia Saudita e na Alemanha, entre outras.
Faleceu em 7 de Março 2013.
P. Júlio Apresenta Mário
P. Júlio Vaz
Edição do autor
1996
pp. 273, 274