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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

CASTILLOS DE MELGAÇO E CASTRO LABOREIRO

melgaçodomonteàribeira, 19.08.23

878 b amigos.jpg

desenho a. sousa

EN BUSCA DE UNA FRONTERA ENTRE GALICIA Y PORTUGAL:

LAS TIERRAS MIÑOTAS EN LOS SIGLOS XI-XII

 

El origen de los castillos está en el poder real y en sus consecuencias el domínio señorial, aunque  en la realidade hay muchas variantes. Son los anclajes del poder político feudal, un poder que los reyes leoneses a duras penas logran controlar, y acaban cedendo a los nobles. La mayor parte de los castillos fronterizos de esta época tienen su base en castillos realizados durante la “Reconquista”, especialmente los de la región del Limia. Eran fortalezas de pequeñas dimensiones con una pequeña guarnición de soldados y cuya missión será la seguridad y defensa de la región. Actúan como elementos del ordenamento del territorio, que tuvo como principio de localización un conjunto de factores de carácter geográfico. No solo actuarían como agentes ordenadores del territorio también de la población, pues con el aumento demográfico que se produce, las villas creadas en torno a los castillos se irán amurallando, como es el caso de Melgaço o Salvaterra do Miño. El punto más importante de comunicación entre ambos lados era Portela do Homem, que conecta la zona de Barroso (Portugal) con la región de O Xurés (Galiza). El castillo de Lanhoso junto con los de Melgaço, y Castro Laboreiro, eran los castillos más importantes de la frontera.

 

Javier Flórez Díaz

Universidad de Cantabria

2016-2017

                                                                     POSTS 1001

 

ARQUITECTURA MILITAR PORTUGUESA - MELGAÇO

melgaçodomonteàribeira, 06.07.19

37 c2 - muralha bombardeira.jpg

bombardeira - muralha de melgaço

 

ARQUITECTURA MILITAR PORTUGUESA

 

É a D. Afonso III que se deve o mais remoto exemplo português de um balcão com matacães, coroando a porta da muralha de Melgaço, que pode ser associado à inscrição de 1263. O balcão com matacães foi, entre nós, como se sabe, um dos mais claros indícios da adaptação dos velhos castelos românicos aos novos conceitos da defesa activa. O interesse do monarca pela reforma das fortificações não se circunscreveu apenas ao Alto Minho, com as obras de Caminha (1260) e Melgaço (1263), mas contemplou igualmente outras zonas do reino, como nos testemunha a reforma da muralha de Estremoz que empreendeu em 1261. No entanto, seria necessário aguardar pelo reinado de seu filho, D Dinis, para assistirmos a uma mudança significativa do panorama da arquitectura militar portuguesa.

 

RETIRADO DE:

D. DINIS E A ARQUITECTURA MILITAR PORTUGUESA

MÁRIO JORGE BARROCA

 

http://ler.letras.up.pt/uploads/ficheiros/4036.pdf

 

A FORTALEZA DE MELGAÇO

melgaçodomonteàribeira, 28.07.18

1 - 25 d2 - a fortaleza de melgaço.jpg

 

Augusto C. Esteves, apostado em prosseguir na busca do «Melgaço de antanho», embrenhou-se naquela zona, onde história e lenda se confundem perigosamente, chegando a afirmar o seguinte:

 

Simplesmente o nome deste povo, a palavra Melgaci não esmalta as páginas do livro de Plínio, porque como ele mesmo confessou, pareceu-lhe fastidiosa a enumeração total desses povos.

Ora o chefe dos melgaceos, o celta Melgacus que os baptisou, baptisou também este querido torrão natal, porque escolheu o planalto onde hoje assenta a vila para aí erguer o seu opidum, que lhe serviu, ao mesmo tempo, de centro de governo da sua civitas, de defesa e de habitação; uma fortalesa com duas ou três ordens de muralhas, à semelhança de Briteiros, Sabroso ou Santa Luzia, com casas redondas ou retangulares para o chefe e servos, estábulos para gados, etc.

 

 

A FORTALEZA DE MELGAÇO: PEDRAS E PATRIMÓNIO

 

Armando Barreiros Malheiro da Silva

 

Câmara Municipal de Melgaço

 

1987

 

MELGAÇO E D. JOÃO I

melgaçodomonteàribeira, 15.07.17

23 c2 - vila assadura.jpg

 

XVI Centenário da Tomada do Castelo de Melgaço

 

 

A CAMPANHA DE D. JOÃO I CONTRA AS FORTALEZAS DA REGIÃO DE ENTRE-DOURO-E-MINHO

 

 

                                                  Por: HUMBERTO BAQUERO MORENO

 ……………..

 

A derradeira campanha de D. João I contra um reduto acastelado de Entre-Douro-e-Minho deu-se em Fevereiro de 1388. Depois duma longa permanência em Braga, desde 11 de Setembro de 1387 até ao termo de Janeiro do ano seguinte, «assaaz afadiguado da guerra», empreendeu o ataque a Melgaço, cujo arraial perdurou até meados de Março do referido ano.

A vila era «cerquada sem arraballde, de bom muro e forte castello». O exército real era formado por mil e quinhentos lanceiros e «muita gemte de pee». A defesa do lugar pertencia a Álvaro Pais de Sotomaior e Diogo Preto Exemeno, acompanhados por trezentos homens de armas e muitos «pioees escudados». As escaramuças iniciais provocaram alguns mortos e feridos. No dia 3 de Março de 1388 foi erguida a bastida para o ataque final. Após um cerco que durou cinquenta e três dias chegou-se a acordo entre ambas as partes. Assentou-se deste modo na entrega do castelo e da vila a D. João I, estabelecendo-se «que todos aviam de sair em gibõees, com senhas varas nas mãos». A alcaidaria do castelo foi entregue a João Rodrigues de Sá, partindo então o rei para Monção, onde se encontrava D. Filipa de Lencastre. Daqui retornaram a Ponte de Lima, encontrando-se nesta vila em 27 de Março desse mesmo ano.

 Numa síntese final temos que as campanhas de D. João I resultaram duma forte organização militar, em que não raro os atacantes dispuseram da colaboração de alguns sitiados favoráveis a causa do recém-eleito monarca. Sublinhe-se a acentuada supremacia das forças leais ao rei português a par duma ausência de auxílio por parte do monarca castelhano, a que se poderá acrescentar a circunstância das populações aderirem com relativa facilidade a causa do fundador da dinastia de Avis. O poderio militar de D. João I associado a uma certa desmoralização das guarnições militares dos castelos ajuda a explicar a feitura de acordos que se traduziam na rendição dos sitiados, situações que aliás se repetiu em todos os casos, após assédios mais ou menos demorados e dependentes do início de negociações.

 

Retirado de:

REVISTA DA FACULDADE DE LETRAS

Humberto Baquero Moreno

A Campanha de D. João I

pp. 56-57

 

http://www.ler.letras.up.pt