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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, MAMOA DO BATATEIRO

melgaçodomonteàribeira, 20.04.24

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ESTA MAMOA NO PARQUE NACIONAL PENEDA-GERÊS TEM MAIS DE

CINCO MIL ANOS E FOI RECUPERADA

26/02/2021

A mamoa do Batateiro, localizada há mais de cinco mil anos em Melgaço, foi recentemente reabilitada com a inclusão de um parque de merendas, foi hoje anunciado.

Para além desse novo espaço de lazer, foi ainda realizada a pavimentação de uma área para permitir o estacionamento de várias viaturas naquele local situado na freguesia da Gave, já dentro do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

De acordo com uma nota publicada nas redes sociais, a autarquia de Melgaço destaca ainda a delimitação entre aquele espaço arqueológico e terreno de cultivo de batatas, impedindo agora a entrada de automóveis na plantação.

Também o monumento megalítico está agora delimitado.

Segundo a Câmara de Melgaço, a Mamoa do Batateiro é um monumento megalítico de razoáveis dimensões, com significativos vestígios estruturais, no que concerne à câmara dolménica, constituída por sete esteios.

Na superfície interna do esteio da cabeceira detetam-se ténues vestígios de gravuras.

De salientar que esta mamoa se encontra situada a poucos quilómetros do planalto de Castro Laboreiro, onde existe uma necrópole megalítica com cerca de uma centena de monumentos da pré-história.

O MINHO

ominho.pt

 

O FALHANÇO DAS BATATAS

melgaçodomonteàribeira, 21.11.15

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Bouça dos Homens

 

O NOME DAS COISAS E OUTRAS MEMÓRIAS – O BATATEIRO

 

Numa conversa interessante, cheia de informações sobre como viver na zona de Lamas de Mouro os anos 50, relataram-me o que parece ser a origem do topónimo Batateiro junto à Bouça dos Homens (Peneda). O nome poderá ter tido origem numas plantações de batata feitas na zona. Assim o topónimo será relativamente recente (possivelmente do período do pós-guerra, década de 40). Terão sido ainda estas plantações que motivaram a abertura da estrada desde Lamas de Mouro, local onde eram armazenadas num curioso sistema de silos.

Nessa época, e quase até finais de 50, a rede viária seria praticamente inexistente e feita essencialmente pelos caminhos de carros de bois e trilhos de pé posto que agora percorremos. Depois os serviços florestais que foram abrindo as estradas numa política de satisfazer as suas necessidades e compensar as populações pelos montes. A minha fonte, filho de um antigo guarda-florestal, recorda que na sua infância a estrada terminava nos viveiros dos Serviços Florestais, actuais Portas do PNPG de Lamas de Mouro. Relatou-me que numa ruptura da barragem da Meadinha as águas terão destruído casas no Santuário da Srª da Peneda e morto pelo menos 2 pessoas, mas o socorro não terá conseguido chegar de jipe mais longe do que a Portela do Lagarto. Esta era a realidade do nosso território que todos os que possuem mais 60 anos nos podem relatar.

Apesar de tudo em 3 gerações o salto foi enorme.

 

Julho de 2010 por Joca

 

Retirado de: www.asnotasparaomeudiario.blogspot.pt