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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

OS CASTANHEIROS-DA-ÍNDIA NA PRAÇA DA REPÚBLICA

melgaçodomonteàribeira, 25.05.19

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praça da república, melgaço

 

CASTANHEIRO-DA-ÍNDIA

 

Muito cultivado como planta ornamental, o Castanheiro-da-Índia embeleza as nossas cidades e vilas, onde o podemos observar em jardins, parques ou muito simplesmente ladeando ruas e avenidas.

 

UM POUCO DA SUA HISTÓRIA

(…)

Nativo não da Índia mas dos bosques das montanhas do Sudoeste da Europa (Balcãs e Cáucaso) e Ásia Menor, o Castanheiro-da-Índia foi importado de Constantinopla e introduzido em França no século XVII. Ao longo do século XVIII difundiu-se como planta ornamental por toda a Europa, onde alguns exemplares contam já com 250 anos de vida. Actualmente, encontra-se cultivado nas regiões temperadas de todo o mundo.

Trata-se de uma árvore de grande porte, que pode atingir os 25 metros de altura e os 2000 anos de idade. As inflorescências apresentam flores brancas ou rosadas, muitas vezes salpicadas de amarelo, vermelho ou castanho, e, por serem muito odoríferas, são muito procuradas pelas abelhas.

O seu nome vernáculo, Castanheiro-de-cavalo, deriva do facto de os turcos utilizarem as suas castanhas para tratar os cavalos com problemas respiratórios, o que, segundo os ervanários europeus, era muito útil.

As Castanhas-da-Índia podem ainda ser utilizadas para vários outros fins. Delas se extrai um óleo para iluminação, produz-se cola, sabão, ou um repelente para traças e outros insectos. Também se usam para afastar as minhocas dos vasos de flores.

Não sendo comestíveis devido ao seu intenso sabor amargo (tóxico), são ricas em amido e apreciadas por cabras, porcos e alguns peixes.

A sua madeira é muito apreciada em marcenaria.

O Castanheiro-da-Índia foi registado documentalmente como planta medicinal em 1565, por Pier Andrea Mattioli, médico e botânico italiano de século XVI, na tradução da obra De Materia Medica de Dioscórides.

No início do século XVIII as suas sementes eram já utilizadas com fins terapêuticos em França. Após a investigação sistemática das suas propriedades curativas, foram publicados diversos trabalhos franceses entre 1896 e 1909, que relatam os bons resultados obtidos no tratamento das hemorróidas. As cascas também eram muito usadas como adstringente para o mesmo fim. E, para uso tópico no reumatismo, era extraído um óleo das sementes.

As folhas eram utilizadas para combater a tosse.

 

Retirado de: O Bicho da Botica

                     Julho de 2011

 

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