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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO NA HISTÓRIA DE PORTUGAL POR ALEXANDRE HERCULANO

melgaçodomonteàribeira, 05.11.22

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FRONTEIRAS PORTUGUEZAS E LEONEZAS NOS FINS DO

SÉCULO XII

 

Linha da foz do Minho a Melgaço. No Arch. Nacion. M. 12 de For. Ant. nº 3 f. 22 v. se acha o foral de Melgaço dado em 1181, e na carta de repovoação de Lapella 1208 se renovam a este logar os foros com que tinha sido povoado in diebus regis D. Alfonsi (L. 2 de Alemdouro f. 269). Os povoadores de Melgaço pediram para si os foros de Ribadavia, concelho limítrofe na Galiza. Lê-se no preambulo deste diploma que a nova povoação era fundada na terra ou districto de Valadares, districto que, como hoje vemos da situação desta ultima villa, se dilatava ao longo do Minho para o lado de Monção. Affonso I incluiu nos termos do novo municipio metade de Chaviães, logar exactamente situado no angulo, que a linha de Melgaço a Lindoso forma com o rio Minho, cahindo quasi perpendicularmente sobre elle. Na restauração de Contrasta (Valença) por Affonso II (Liv. 1 de Affonso III f. 64 v.) affirma elrei que seu pae já tinha dado um foral áquelle logar, o qual, portanto, remonta á epocha de Sancho I, e talvez á de Affonso I, porque nem sempre a carta municipal coincide com a origem das povoações, podendo ellas existir anteriormente. Isto mesmo se vé do fragmento da demanda entre Affonso II e suas irmans (lançado no Liv. 3º de Aff, III f. 26), d’onde consta haver já o castello de Contrasta por morte de Sancho I, porque logo começaram as discórdias d’Affonso II com as infantas, durante as quaes foi Contrasta tomada pelos leonezes.

 

HISTÓRIA DE PORTUGAL

Volume II

Alexandre Herculano

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