MELGACENSES NA I GRANDE GUERRA (E EM OUTRAS GUERRAS DO SÉCULO XX)
Foi há pouco mais de cem anos que os primeiros soldados do contingente que Portugal enviou para combater em França na I Guerra Mundial chegaram à Flandres. Em África, já combatiam os alemães desde 1914. Com base nos dados de que dispomos, de Melgaço partiram para a Flandres mais de setenta homens, oriundos das diversas freguesias. Estes homens foram autenticamente “roubados” às suas vidas e obrigados a ir para uma guerra para a qual não estavam preparados. Paderne, com catorze homens, Penso com doze homens e Vila, com catorze homens, são as freguesias melgacenses que mais contribuíram em termos de número de efetivos. Estes homens da nossa terra, feitos soldados, tinham todos – à data do embarque – idades entre vinte e dois e vinte e sete anos completos (nascidos entre 1891 e 1895), à exceção dos oficiais e sargentos que eram um pouco mais velhos.
MELGACENSES NA I GRANDE GUERRA
(E EM OUTRAS GUERRAS DO SÉCULO XX)
Valter Alves
Joaquim A. Rocha
Edição de Autores
Melgaço 2018
VALTER ALVES. Filho de Anselmo Alves (1937-1990), funcionário da Repartição de Finanças de Melgaço, e de Elisa Maria Afonso (1938-1993), doméstica. Neto paterno de Francisco Alves e de Maria Teresa Alves; neto materno de Manuel Gaspar Afonso e de Albertina dos Anjos Sérvio. Nasceu em São Paio de Melgaço a 25/4/76. Estudou na escola primária de São Paio e na então escola C+S de Melgaço até aos dezassete anos de idade; depois, devido à morte dos pais, seguiu para Cinfães do Douro, para casa do seu irmão, onde permaneceu até 2002. Licenciou-se em Geografia (Ramo Educacional), na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É Pós Graduado em Gestão dos Riscos Naturais. Em 2018 morava em Vila Nova de Gaia e era professor de Geografia na Escola Básica e Secundária de Lousada Norte. Casou em 2003 com Carla Alves.Paralelamente à atividade docente, desenvolve investigação histórica, cujo produto tem sido publicado no blogue – Melgaço, entre o Minho e a Serra -, onde divulga notícias históricas, e outras estórias sobre o concelho de Melgaço. Pai de Luís Pedro Alves.
JOAQUIM AGOSTINHO DA ROCHA nasceu em Cevide, Cristóval, Melgaço, onde residiu até aos seis anos de idade. Depois foi para a Vila de Melgaço, terra de sua mãe, Maria Leonor da Rocha. Permaneceu ali até aos vinte anos, altura em que ingressou no serviço militar. Cumpriu cerca de um ano na “Metrópole” e quase dois anos na Guiné-Bissau. Em finais de 1967 regressa e fixa a sua residência em Lisboa. Em finais de 2000 transfere-se para Braga, onde ainda vive. Quanto a estudos: saiu de Melgaço com a 4ª classe mais dois anos do Curso Elementar de Estudos Agrícolas, portanto com a equivalência à sexta classe, ou 2º ano dos liceus. Na capital do país fez o Curso Comercial e o Curso Complementar de Contabilidade e Gestão de Empresas (Técnico de Contas). Fez depois algumas disciplinas no Liceu e Ano Propedêutico, permitindo-lhe ingressar na Faculdade de Letras, onde completou o 2º ano do Curso de Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses). Devido a incompatibilidades de horários, completpu o Curso na Universidade Autónoma de Lisboa (Luís de Camões) com a média de 16 valores. Quanto a empregos: foi empregado de escritório, contabilista, bancário, bibliotecário, professor… Dedica-se atualmente ao estudo da História e Cultura de Melgaço, e também ao estudo da Genealogia, ou seja, à biografia dos melgacenses em geral.