Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

ARBO, A CAÑIZA E MELGAÇO

melgaçodomonteàribeira, 08.03.13

 

 

ARBO, A CAÑIZA Y MELGAÇO PACTAN COMPARTIR


INSTALACIONES DEPORTIVAS

 

   Los tres concellos acercan posturas para firmar el convenio en octubre

 

    L Miguez

    Arbo/La Voz

    17/09/2011

 

   El primer paso de un futuro común. Sur de Galicia y Norte de Portugal estrechan relaciones y las ponen sobre el papel con el objeto de oferecer servicios a sus vecinos que serían impensables de otro modo en la actual crisis. Por eso Arbo, A Cañiza y Melgaço han decidido sentarse a la mesa y compartir. El primer peldaño serán las instalaciones deportivas. De hecho, el concejal arbense Pepe Alvarez se trasladó hasta el municipio luso para conocer de cerca las prestaciones existentes. En la actualidad los 10.000 vecinos portugueses disfrutan de una piscina climatizada, otra exterior, un centro de entrenamiento con campo de hierba artificial y natural, gimnasio, pistas de tenis, area de tratamientos con agua y un polodeportivo. En la actualidad existe una tarifa para los locales y otra para los vecinos de fuera, que se rebajaría para Arbo y A Cañiza. “Ter a uns poucos kilómetros estas instalacións é unha vantaxa da que podemos sair beneficiados”, apuntó el edil de Deportes.

 

   El plán de la Cámara Municipal de Melgaço es aumentar la inversión y construir un edificio dependiente de la Universidad para ofrecer una titulación de monitor deportivo, además de crear um campo de golf, entre otros proyectos. Por eso la búsqueda de usuarios fuera de sus fronteras se ha convertido en un importante reto.

 

   Estas primeras reuniones esperan sentar las bases del acuerdo que se firmaría el mes de octubre y al que no descartan unir otros municipios de la comarca de A Paradanta, aunque de momento no se han iniciado más negociaciones.

 

PARQUE DE BOMBEROS

 

   “Estamos na primeira fase, recollendo datos e información. É un xeito de ofrecerlles aos veciños máis servizos, algo complexo coa crise. A nós o tema que mais nos interesa é o do parque de bombeiros, outro dos temas que se tratou co presidente da Cámara”, relata el teniente alcalde de A Cañiza, Tomás da Silva. En la actualidad la comarca echa mano de los efectivos de Ponteareas, puesto que carecen de un parque proprio. En ocasiones se alerta a los compañeros de Ourense o Portugal, aunque no existe ningún convenio al respecto. “Queremos chegar a un acordo pronto, porque en inverno é a época de maiores incendios. Ali teñen un parque grande e queda moito máis preto que Ponteareas ou O Porriño. Así cambiaria o protocolo para que os avisos de 112 lles chegaran de xeito directo”, recuerdan desde el gobierno de A Cañiza.

 

Retirado do jornal: La Voz de Galicia.es

 

http://www.lavozdegalicia.es/vigo/2011/09/17/0003_201109V17C10991.htm

 

EMPRESA DAS MULHERES

melgaçodomonteàribeira, 08.03.13

 

Rio Minho em Cevide

 

 

   No tempo em que os portugueses disputavam com os castelhanos as terras do Alto Minho, um exército lusitano, composto por quinze mil homens, batalha os galegos nas margens do Minho. De tal forma era bem sucedido o seu empenho, que chegam a provar o delicioso sabor da vitória. Ébrios deste prazer, julgam-se senhores do mundo. Com entusiasmo desmesurado, aventuram-se por terras da Galiza, alucinados de bravura, dispostos a bater o inimigo em sua própria casa. Mas tal esforço não lhes corre de feição, já que, depois de curtíssimas vitórias, os lusos são obrigados a retroceder, ante o vigor do adversário, espicaçado pela vaidade nacional ferida, e supridos de tropas frescas.

   Vindo os galegos no encalço, os portugueses, desorientados, recuam lá para os lados de Castro Laboreiro. Acossados pelo enfurecido inimigo, pronto a corrigir a desfeita sofrida, as tropas portuguesas não encontram forma de o enfrentar, temendo-se uma ultrajante derrota e o risco de perda da soberania pêlos próprios territórios!

   É então que as mulheres daquele lugar, ao verem os seus desnorteados, e perante a afronta desmesurada dos galegos, corajosas e determinadas, resolvem intervir. E se os homens fogem desorganizados e abandonando as armas, elas, depois de se armarem como os guerreiros, cerram fileiras e avançam sem medo, prontas a salvar o país da ignomínia de uma humilhante derrota.

   Perante tal atitude e coragem ficam extasiados e confusos, por sua parte, os castelhanos. É então que os homens lusitanos, provocados pelo exemplo de suas mulheres, resolvem voltar para a luta, envergonhados de suas momentâneas pusilanimidade e defecção. Recuperada a energia e a fé indispensáveis, organizam-se e batem os espanhóis, ainda perplexos pela coragem e força das mulheres de Castro Laboreiro. Esta batalha ficou conhecida por “Empresa das Mulheres”.

(in Lendas do Vale do Minho)

 

RETIRADO DE: PORTUGAL A NORTE

 

http://www.nortept.com/lendas.aspx?concelho=melgaço

 

UM SÓ POVO

melgaçodomonteàribeira, 08.03.13

 

Ponte internacional Peso-Arbo

 

 

ARBO ACUERDA LLEVAR A SUS MAYORES AL CENTRO DE DÍA DE MELGAÇO

 

Ambos concellos ultiman un convenio para intercambiar servicios

 

 

Las noches en España e los días en Portugal. No es turismo internacional, será una jornada cualquier de los mayores  del municipio de Arbo, que acaba de llegar a un acuerdo con lá Camara de Melgaço para que sus mayores puedan utilizar su centro de día. A falta de servicios, buenos son los del otro lado del Miño. «Negociamos a césion dun terreo e a construcción dunha residencia para a terceira idade, pero iso é a longo prazo», apunta el regidor, Xavier Simon Rodriguez, que ha mantenido varias reuniones con su homónimo del otro lado de la frontera para llegar a esre acuerdo.

La medida será efectiva a partir del mes de septiembre e implicará que todos los interasados puedan usar las instalaciones del centro Censo, que tiene servicios de centro de día, terapia ocupacional e rehabilitación.

 

El comprimiso permite que los usuarios gallegos puedan entrar en las mismas condiciones que los locales y tengan servicio de transporte directo hats la localidad lusa, a escasos siete kilómetros por el puente internacional. Los interesados deben ponerse en contacto con el Concello, donde recebirán información de los trámites e los precios. Por una atención diaria de lunes a viernes de 9 a 18 horas el precio ronda los 300 euros, que incluye la comida, actividades y el transporte. «Resulta moi útil pola súa proximidade e para a xente sen plaza en centros públicos é moi boa opción», recuerda el alcalde nacionalista.

 

Este avanse promete ser el primero de muchos, puesto que el gobierno ultima un acuerdo más ambicioso para compartir servicios. Se trata, sobre todo, de que los escasos 4.000 vecinos de Arbo puedan cruzar la raia para utilizar las instalaciones deportivas de Melgaço, que roza los 10.000 habitantes. El intercambio también intentará ser cultural, con la celebración conjunta de festivales y actividades de ocio y la presencia de grupos de teatro o baile de los dos países.

 

«Queremos que o protocolo sexa equilibrado, así que nos aspiramos a mellorar a nosa oferta formativa, com cursos de apicultura, micoloxia e outros relacionados co desenrolo do rural, que interesan moito en ambas localidades», apunta Xavier Simón Rodriguez, que apoya la intención de la Xunta de poner sobre el papel, más acuerdos transfronteirizos con un convenio a tres bandas con A Cañiza. En el futuro esperan que las dos localidades tanbién se unan en luchas de defensa del rio Miño o un trabajo conjunto para potenciar sus recursos rurales.

 

la voz de galicia.es

 

27/8/2011

 

L.Míguez – ARBO/LA VOZ

 

A CAPITAL 02/10/1923

melgaçodomonteàribeira, 07.03.13

 

 

A CAPITAL

 

DIARIO REPUBLICANO DA NOITE

 

3ª feira, 2 de Outubro de 1923

 

 

CARTAS DO MINHO

 

 

 FEIRA DO GADO - CONTRABANDO PARA A ESPANHA – CASTELO EM RUINAS - AO ABANDONO – BATOTA – O PREÇO DO DURO

 

 

     MELGAÇO, 27 – Na povoação próxima desta vila, denominada Paderne, realizou-se hoje a feira mensal de gado, que é por assim dizer a mais concorrida, dos concelhos de Melgaço, Valença e Monsão, afluindo ali grande numero de vendedores e compradores, dos Arcos de Val de Vez, Ponte da Barca e Ponte de Lima.

     Os lavradores que teem já concluídas as colheitas do vinho e do milho aproveitaram a ocasião para venderem o gado que tinham adquirido antes, e que durante o ano vão criando e engordando, para o ano próximo, lhes fazer os trabalhos dos campos.

     O numero de compradores, foi grande  sendo a maioria absoluta de espanhoes, que compravam o gado por todo o preço, fazendo-o depois, transportar para a Galiza, pela raia seca, da serra de Castro Laboreiro.

     Os espanhoes não se limitavam à compra de gado bovino; adquiriram também bastantes galinhas, que chegaram a atingir os preços de 20$00 e 22$00, certos da impunidade do crime de levarem para fora do paiz, aquilo  que cá nos está fazendo bastante falta.

     Na feira tive ocasião de trocar algumas palavras com um lavrador, pelas quês se vê a ignorancia deste povo que pouco se importa que os seus compatriotas de outras regiões morram de fome.

     — Quanto quer pela junta de bois – perguntei?

     — Cinco contos.

     — Mas o cambio?

     — Que me importa a mim o cambio? O que eu quero é que o gado dê dinheiro?

     — E o paiz?...

     — Eu não percebo dessas coisas. O que sei é que de ano para ano pago mais contribuições.

     Se tivesse falado com muitos outros lavradores, teriam dito a mesma coisa. O que eles pretendem é dinheiro, não olhando ao seu valor.

 

XXXXXXXXXXXXXX

 

      De volta para Melgaço tive ocasião de falar com o Sr. João Pires Teixeira, presidente da Camara Municipal; que teve a amabilidade, de me mostrar os pontos mais interessantes da vila.

     Da velha muralha do castelo, que outrora, marcavam os pontos de resistência às invasões estrangeiras, apenas restam umas pequenas pedras dispersas aqui e alem.

     O castelo, esse ainda conserva o seu velho relogio, que é secular.

     Nas caves que serviram para deposito de material de guerra, esta agora instalada uma cocheira e no pavimento superior um armazém de palha.

     — O concelho de Melgaço – diz-nos o sr. presidente da C. M – está  completamente ao abandono; aqui não há hotel e temos um café apenas. Não há coisa alguma. O estado tem-se desinteressado completamente deste concelho…

     — Iniciativas particulares?

     — Não há. Aqui há mezes é que se fundou para ahi uma sociedade, onde se joga a batota descaradamente, sem que as autoridades intervenham.

      Melgaço tem uma velha aspiração, que bastante viria a desenvolver o seu comercio e sua agricultura; é o caminho de ferro. Note que são apenas 15 a 17 kilometros de Monção aqui. Pouca despesa se faria. O povo do concelho, para isso, pagaria de bom grado mais 2% sobre as suas contribuições.

     — Quantos habitantes tem o concelho?

     — O ultimo censo deu-nos uma população de cerca 16 000 habitantes. O nosso concelho é rico. É dos concelhos do Minho que mais dinheiro dá ao estado e que menos recebe. Para terminar, acrescentou o sr. Pires Teixeira, dir-lhe-ei que no próximo inverno vamos ficar sem correio para aqui. A estrada está intranzitavel. Há bastantes anos que não é reparada e o carro que traz o correio, do Monsão não poderá passar do Pezo para cima.

     — Porque não reclamam?

     — Junto de quem? Aqui só ha energia, vida e atividade, nos tempos de eleições, quando precisam de nós. Servidos, esquecem-nos por completo.

 

 XXXXXXXXXXXXXX

 

      Durante a feira de Paderne, a única casa de cambio que aqui existe, fez um excelente negocio, chegando a vender o duro a 22$00.

 

 

 A.   V.

 

 Camborio Refugiado

 

LENDAS DO RIO MINHO

melgaçodomonteàribeira, 07.03.13

 

Peso

 

 

LA LAMPREA RUBIA

 

 

   Cuentan los más viejos del lugar que en noches de luna llena en la orilla del Miño frente a Arbo, en la parte portuguesa, se puede ver una moura de largos cabellos rubios que acarecia con un gran peine de oro mientras se mira en las aguas del río. En realidad se veía antes, cuando aún se andaban a pie los caminos, pero desde que las carreteras y los puentes internacionales cruzan por encima de las aguas no hay noticias de esta aparicíon.

   Cuentan que era tal su belleza (tan grande el valor del peine de oro, dicen los más materialistas) que los más audaces de Melgaço, y también los de Arbo, que cruzaban el rio en una barca, andaban en las noches de luna llena por las orillas del Miño a la búsqueda de la aparición, unos para enamorar a la moura de cabellos rubios y otros con el nunca confesado objetivo de marchar con el peine de oro al primer despiste de aquella belleza.

   Pero nunca nadie fue capaz de acercarse a la rubia que se peinaba junto al río. Muchos la vieron, es cierto, o por lo menos aseguraron en la taberna haberla mirado en la lejanía, con el cabello y el peine brillando bajo los rayos blancos de la luna. Pero nadie tuvo nunca testigos de tal cosa, y menos pruebas de que la moura existiera. Un simple cabello dorado sería suficiente para convencer de su existencia a todo un pueblo que se devidía entre los que pasaban las noches de luna acechando el río, aquellos que los tenían por locos y los que mostraban más miedo que atraccíon por el encanto, porque en definitiva la aparicíon no podia ser más que un encanto.

   Una noche de luna llena de agosto Rui, un joven de la parte portuguesa del río, desapareció. Al dia seguiente los amigos declararon que habían estado en la taberna tomando unas chiquitas y que Rui, algo achispado, había decidido coger un candil y echarse a recorrer las riberas del Miño en la búsqueda de aquella aparición con el firme propósito de enamorarla y estabelecerse por su cuenta con el fruto de la venta del peine, montando una fonda en la que su enamorada cocinaría y él atendería la mucha clientela que de una y otra orilla del río habría de llegar hasta allí para comprobar com sus proprios ojos la existencia de aquella rubia encantada que tantos habían buscado sin éxito.

   El candil del Rui apareció encima de una rocas junto al río. Y días después aboyó su cadáver algo más abajo. Los que lo sacaran del río dejeron que ténia en la garganta unas marcas de dientes que formaban círculos concêntricos, semejantes a la boca de una lamprea. Y en la cara un extraño gesto de satisfacción.

   Nadie quiso enseñarme el sitio donde aparecieron el candil y el cadáver.

 

 

Retirado de:

 

 

Colineta, blog de Miguel Vila

 

www.colineta.com

 

 

Camborio Refugiado

 

MITOS DO RIO MINHO

melgaçodomonteàribeira, 07.03.13

 

Batela do rio Minho

 

 

   Entes dos rios, mui topadas entre Arbo e Melgaço, representam o desejo tentador pelo inexplorado – a riqueza e o prazer, também a fatalidade – em oposição ao controlado – a ordem, mas com a escassez de cada dia -, o pagão antagonista do cristão.

 

   A primeira vez que passavam, sobre todo ós rapaces da montanha, diciamos-lhe:

   - Mete uma pedra na boca e nom a quites hasta chegar ó outro lado. Tes que meter um coio senom afunde-se a lancha …

 

Barcas do Minho

 

 

   … a primeira ponte erguida, a da língua comum, para combater o mito das feiticeiras engaioladoras que viven no rio Miño, entre Arbo e Melgaço, que intentan seducir a quen quere pasar a nado dun a outro país. Antes, os mozos que tal pretendían tiñan que meter um coio na boca para non verse obrigados a responder á provocacion….

 

   … a cuarta ponte, a da xustiza, se cadra para rememorar as fazañas fo mítico bandoleiro galego-portugués Xan das Congostras, quen roubaba a quen tiña para aliviar a quen no tiña. Na Pena de Anamán, na raia, que nos xurge pola serra do Leboreiro, hai un epígrafe que di:

 

                              Os pobres non o tem

                              e os ricos non o dan,

                              quen quixer asentar praza

                              veña á Pena de Anamán.

 

www.vieiros.com

 

 

 

   A ideia de atravessar rios, inicialmente sacrílega, cotinuou a inquietar até tarde a alma do povo, porque nas ‘’constituições’’ episcopais de Évora, de 1534, ordena-se que não se pratiquem bênções mágicas com epada que atravessa-se o Douro e Minho três vezes. Aqui a superstição estendia-se pois a outros rios interamnenses, e entra nela o numero três, sempre fatídico. Há anos ouvi contar no Peso de Melgaço que quando uma pessoa precisa de atravessar o rio Minho, para ir a Arbo, povoação galega que faz fronteira, há-de levar até lá um seixinho na bôca, para durante a travessia não poder falar, senão as Feiticeiras metem-se com ela. O ‘’silencio’’ é outro grande agente ritual nas cousas da magia e da religião.

 

J. Leite de Vasconcellos

 

Revista Lusitana

 

http://cvc.instituto-camões.pt

 

 

Camborio Refugiado