AFONSO HENRIQUES E O MOSTEIRO DE PADERNE
D. AFONSO HENRIQUES E O ALTO MINHO
DOAÇÕES A INSTITUIÇÕES ECLESIÁSTICAS
A 16 de Abril de 1141, D. Afonso Henriques couta o mosteiro de S. Salvador de Paderne, em recompensa pelo auxílio prestado pela abadessa Elvira Serrazins, quando ele foi tomar o castelo de Castro Laboreiro, auxílio esse materializado em: 10 éguas com seus potros; 30 moios de vinho e um cavalo avaliado em 500 soldos e 100 áureos.
Isto significa que terá sido numa das incursões do conde galego, Fernando Anes (Alcaide de Alhariz) que os portugueses perderam o castelo de Laboreiro, que depois, como acabamos de ver, D. Afonso Henriques foi tomar pessoalmente. Na verdade, os ataques do nosso primeiro rei à Galiza eram de vaivém, uma vez que tinha de acudir, por vezes, à fronteira do sul confinante com os mouros.
Na carta de couto do mosteiro de Paderne está explícita a obrigatoriedade de atender convenientemente os hóspedes, os pobres e os peregrinos – “et hospites ac peregrinos recepiant…” o mesmo se verificando na concedida ao mosteiro de Vila Nova de Muía, o que demonstra que D. Afonso Henriques, tal como D. Teresa, não descurou a protecção aos peregrinos e quaisquer outros viandantes…………..
A 24 de Outubro de 1173 este mesmo monarca fez uma importante doação ao mosteiro de Fiães, então ainda beneditino, outorgando-lhe todos os bens que ele possuía desde Melgaço até ao termo de Chaviães e de Cótaro até ao rio Minho.
Foi aqui que se veio a construir uma granja do mosteiro e mais tarde se ergueu essa “jóia da arquitectura românica”, que é a capela da Orada.
Retirado de: D. Afonso Henriques e o Alto Minho
Teresa de Jesus Rodrigues
Revista de Guimarães, nº 106, 1996, pp. 79-93
Casa de Sarmento
Cento de Estudos do Património
Universidade do Minho