Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

ACÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA

melgaçodomonteàribeira, 28.05.22

730 - 2 Peso - Termas..JPG

 parque termal  - peso

 

ACÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA

 

Os habitantes de Melgaço construíram o seu modo de vida com características particulares, dedicando-se à agricultura, pecuária e desenvolvimento de utensílios e outros instrumentos necessários que foram marcando a vida quotidiana desta população. Apresentam tradições ligadas ao artesanato, como a tecelagem em linho e lã, alfaias agrícolas, canastros e moinhos, formando um conjunto de actividades definidoras da história do concelho. O rico património do concelho de Melgaço é o ponto forte de atracção turística, impulsionado pelo aproveitamento das suas potencialidades históricas e rurais, sendo assim, o turismo um sector muito importante, gerador de crescimento económico, complementando a actividade agrícola, que continua a ser a actividade predominante. A aposta no turismo é recente e acompanha uma tendência de procura cada vez mais intensa. Através da promoção da gastronomia pretende-se atrair novas pessoas, divulgando um leque mais alargado de atractividades para além da beleza natural das paisagens. Complementando, o Parque Naciional da Peneda-Gêres constitui-se como uma importante referência no desenvolvimento de actividades de proximidade com a natureza, tirando partido de cenários naturais e promovendo a prática de desportos radicais como o rafting, rappel, slide, escalada, canoagem e caminhadas, que são cada vez mais procurados. O interesse no investimento em modalidades turísticas rurais está a aumentar, verificado em projectos de recuperação que impulsionam a diversidade económica local e na prestação de serviços e comércio tradicional (Melgaço, 2013).

A comercialização de produtos termais e outros complementares aos tratamentos, bem como produtos relativos à identidade local são muito importantes pela sua vertente diferenciadora. Os objectivos de crescimento de cada estància levam a perseguir outros seguementos de mercado, renovando instalações, diversificando os produtos, subindo ou baixando preços, em busca de uma melhor situação competitiva. É visível uma gradual exigência a nível de diversidade turística, de modo que a componente terapêutica se apresenta como factor fundamental na escolha das termas, influenciando também a elevada qualidade, conforto e tranquilidade. No parque termal do Peso, o início do engarrafamento e comercialização das águas termais de Melgaço foi um importante factor de desenvolvimento económico local (Mangorrinha, 2006).

Apesar do engarrafamento e comercialização da água termal funcionar como factor mais ligado ao termalismo, apenas uma pequena parte das águas passa pelo processo de industrialização. Na manutenção destes equipamentos industriais de recolha das águas minerais, o factor sustentabilidade é cada vez mais importante para uma equilibrada integração paisagística, tendo em vista as necessidades  das gerações futuras e adaptando o processo de captação da água termal a este princípio, bem como a preservação do meio ambiente. Para a indústria termal ser sustentável é importante atender a questões sociais, entendendo o ser humano como parte integrante do meio ambiente; questões energéticas, considerando que a energia é geradora de produção económica e da consequente melhoria das condições de vida da população.

O termalismo em Portugal nunca atingiu valores de oferta e procura semelhantes aos restantes países europeus, por razões políticas e económicas e também devido à sua secundarização pela classe médica. Portugal possui uma das mais completas variedades de água termal da Europa e condições climáticas favoráveis que permitem o funcionamento anual das estâncias termais (Mangorrinha, 2000). Daqui parte a importância de se dinamizarem as termas e de se criar uma rede termal a nível nacional que demonstre consistência e seja projectável internacionalmente.

 

Medeiros, Daniela Faria Vilela Lourenço

RECUPERAÇÃO E REVITALIZAÇÃO DO PARQUE TERMAL DO PESO

http://hdl.handle.net/11067/1506

Universidade Lusíada do Porto

Dissertação para obtenção do Grau de Mestre

Porto 2013

UMA VIAGEM PELA SERRA DA PENEDA

melgaçodomonteàribeira, 21.05.22

811 b peneda janeiro 1994 (7).jpg

CAMINHOS E FRONTEIRA NA SERRA DA PENEDA

Suzanne Daveau

 

A SERRA DA PENEDA NA ACTUALIDADE: TRINTA E TRÊS ANOS DE COMPLEXA EVOLUÇÃO

 

Abandonando agora o apaixonante jogo de reconstrução do passado, queria resumir o que a experiência própria me ensinou sobre a evolução da serra. A partir de 1971, pude aproveitar uma dezena de oportunidades para percorrer a serra tanto no Verão como no fim do Inverno. Pude assim observar a enorme diversidade das paisagens serranas e dos modos de vida dos habitantes, bem como aspectos e ritmos da rápida evolução recente destes últimos. Durante as minhas primeiras viagens, impressionou-me em especial a importância das barreiras, não apenas naturais, que fragmentavam então a Serra. A fronteira espanhola era bastante estanque, com passagem oficial apenas em Melgaço ou no Lindoso, que funcionava segundo um horário restrito e exigindo a apresentação de complexa documentação.

A criação do Parque Nacional da Peneda-Gerês (8 de Maio de 1971) acabava de recortar a serra, segundo um limite que parecia ter pouco a ver com as deslocações habituais dos habitantes (Medeiros, 1986). A maior parte dos caminhos serranos continuavam apenas acessíveis aos carros de bois e as raras estradas macadamizadas eram tão precárias que se tornava uma verdadeira aventura tentar atravessar a serra pelos cimos, mesmo com carro todo terreno e com bom tempo. Passar pelos vales que recortam a serra era então de todo impossível. Como os viajantes do século XVI, tive mais de uma vez de renunciar e dar a volta ao maciço pelos vales periféricos dos rios Minho e Vez. A serra não tinha então a menor unidade funcional. Castro Laboreiro não passava de um beco sem saída, bem ao contrário do que era no tempo dos almocreves. No entanto, uma atenuante existia a este isolamento, mas só ocasionalmente perceptível pelo observador de fora: o contrabando funcionava. Vi um dia passar uma camioneta carregada de gado, que vinha clandestinamente da Galiza pelos difíceis caminhos do Parque, para escapar assim à fiscalização existente nas outras estradas.

Muito forte era na serra, noa anos 70, a marca da emigração para França, sobretudo em Castro Laboreiro. Construíam-se, durante o Verão, vivendas vistosas nas brandas que dominam a vila. Os emigrantes invadiam a montanha durante as suas vacanças, que aproveitavam para celebrar festas e alegres casamentos. No dia 30 de Agosto de 1976, pude ver autocarros carregadíssimos, que se preparavam para deixar a praça central de Melgaço em direcção a diversos pontos de França. A Peneda parecia-se então mais com um anexo afastado de França do que com a ponta avançada de Portugal para norte.

Durante a noite de 28/29 de Agosto de 1976 caiu em Castro Laboreiro uma forte chuvada, que invadiu o andar térreo da nova pensão, obra de emigrantes, vistosamente instalada a pouca distância da antiga vila, num lugar baixo para onde convergiam vários caminhos murados. Os donos da pensão, desenraizados da realidade serrana, ignoravam que o clima da Peneda já não é mediterrâneo e inclui abundantes chuvadas ocasionais no Verão. Ignoravam também as consequências práticas dos pormenores topográficos do lugar. Depois de um dia de muito trabalho, onde tinham servido um banquete de casamento, acordaram sobressaltados em plena noite, no momento em que a água alagava as suas camas e tinha já afogado o motor dos carros de numerosos hóspedes.

p.93

CAMINHOS E FRONTEIRA NA SERRA DA PENEDA

EXEMPLOS NOS SÉCULOS XV E XVI E NA ACTUALIDADE

SUZANNE DAVEAU

Revista da Faculdade de Letras – Geografia

I série, vol. XIX, Porto, 2003

HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS

melgaçodomonteàribeira, 14.05.22

840 b 350x.jpg

MELGAÇO: SENTINELA AVANÇADA

 

Melgaço é de todos os municípios portugueses o que se situa mais a norte e mais profundamente penetra na Galiza. Não são muito claras as circunstâncias históricas em que foi outorgado o seu antigo foral. É, porém, evidente que existiu um processo negocial e os hiatos verificados no decorrer do mesmo serão até responsáveis por que a datação ficasse ambígua (1183-1185).

Alguns documentos do antigo Cartulário de Fiães dão conta do movimento que acompanhou a erecção do município. Em 30 de Junho de 1185, os juízes e o concelho de Melgaço fizeram um acordo com o Abade do mosteiro de Fiães sobre a construção da nova igreja paroquial. No entanto, o projecto de construção da igreja não foi avante, talvez pela incapacidade do mosteiro, há posta em dúvida num dos documentos anteriores: “sit facta ecclesia ab abbate et conventu si tamen potuerint”. Em Abril de 1187, fazia-se um novo acordo, desta vez entre “omnes homines de Melgazo tam viri quam mulieres” e o arcediago Garcia, em que ambas as partes se comprometiam a ajudar-se mutuamente na edificação do templo “tali pacto ut facias illam et edifices nobiscum te adiuvantibus et de necessarii ecclesie tibi ministrantibus donec sit perfectam et consumatam”.  Dali a cinco anos o templo estava concluído, conforme consta de um acordo, de Abril de 1205, entre o arcediago e o abade de Fiães, sobre o serviço na igreja de Melgaço, o qual é assinado, em representação do concelho, pelos juízes Paio Garcia e João Rodrigues.

As negociações relativas ao foral decorreriam sob as ordens de D. Sancho I, associado à governação nos últimos anos da vida de seu pai, D. Afonso Henriques. O rei povoador estaria já a preparar as acções militares que planeara para os primeiros anos do seu reinado na fronteira do Minho, se não para a estender, pelo menos para a consolidar, e interessar-lhe-ia garantir o apoio do activo grupo de migrantes que, descendo pelas margens do rio, avançara mais para ocidente que outros, nos caminhos que prolongavam a estrada que atravessava o norte da Península e veio a ser conhecida pelo nome de estrada de Santiago.

O modelo que os moradores propuseram ao monarca foi o de Ribadávia, povoação que se localizava nesse caminho. A carta de foro desta comunidade foi outorgada em 1164 e reproduzia a que tinha sido concedida a Allariz e iria ser comunicada a outros lugares. A sua mais remota referência é o foral de Sahagún.

 

HISTÓRIA DOS MUNICÍPIOS

(1050-1383)

António Matos Reis

Livros Horizonte, Lda.

Lisboa, 2006

pp. 330-332

CRÓNICA DEL REY D. JOÃO O I

melgaçodomonteàribeira, 07.05.22

804 b sec xvi cast melg.jpg

vila de melgaço por duarte d'armas - sec. xvi

CRONICA DEL REY D. JOAÕ O I

 

CAPITULO LXXIII

 

CERCA EL REY A VILLA DE MELGAÇO: SUA ENTREGA, E SAHIDA DOS CASTELHANOS

 

Estando el rey na Cidade do Porto, veio a elle hum embaixador chamado Ambrosio de Marinis, enviado por Antimoto Adorno Duque de Genova, e dos anciaõs daquela comunidade, per que mandavaõ pedir a el Rey a valia das mercadorias das naos Genovezas, que foraõ tomadas no tempo do cerco de Lisboa. Sobre o que el Rey deu boa reposta, sem o remeter aos officiaes da Fazenda, como agora se faz: e o que montava nellas, que eraõ setenta mil dobras de ouro, lhe mandou logo el Rey pagar; com que o embaixador foi mui contente.

Nesse mesmo tempo partio el Rey para Braga, onde fez Cortes sobre cousas do Estado do Reyno, e partio para Melgaço sinco legoas acima de Tuy, e meia legoa do Minho, Villa do Reyno bem cercada, que estava por Castella. El Rey chegou a ella no mez de Janeiro de 1388 com seu campo, em que hiaõ D. Pedro de Castro, o Prior do Hospital, e Joaõ Fernandez Pacheco, e outros, que seriaõ por todos mil e quinhentas lanças, e muita gente de pé. Os de dentro, que estavaõ por defensaõ da Villa, eraõ Alvaro Paes de Soto Mayor, e Diego Preto, e Xemeno, com trezentos homens de armas, e outros tantos homens de pé escudados. El Rey assentou seu arraial e começou a combater com todo o genero de artifícios, e engenhos, a que chamavaõ trons, com que atiravaõ grandes pedras; a que tambem os de dentro respondiaõ com outras: e assi ouve muitas escaramuças. E vendo os de dentro huma taõ grande bastida, que el Rey mandou fazer de muitos sobrados, em que hiaõ os besteiros, a qual se movia por carros, e engenhos, sendo mui alta, e de grande largura, receando que a Villa podesse ser entrada, mandaraõ dizer a Joaõ Fernandez Pacheco lhe fosse falar; e el Rey o mandou: e chegando á barbacaã, e Alvaro Paes ao muro, falaraõ de vagar, e naõ se concertaraõ sobre a entrega da Villa. Nesse dia ouve huma escaramuça mais para ver, que as que até alli eraõ passadas; porque duas molheres bravas, huma do arraial, e outra da Villa, se desafiaraõ, e vieraõ aos cabelos: e por fim venceo a do arraial, como mais costumada a andar na guerra.

Nesse meio tempo chegou a Rainha a Monçaõ, tres legoas de Melgaço: vinhaõ com ella o doctor Joaõ das Regras, Joaõ Affonso de Sanctarem, e outros cavalleiros: dahi se veio ao Mosteiro de Feaes, huma legoa de Melgaço. Ao arraial chegou o Conde D. Gonçalo, e Joaõ Rodriguez Pereira; e escaramuçaraõ os do Conde com os da Villa, e foraõ feridos de ambas as partes, e nenhum morto. A aquelle tempo veio recado a el Rey que a villa de Salvaterra, que lhe deu D. Pedro de Castro, hum tabaliaõ do logar, e dous homens de armas a deraõ a Payo Sorodea. El Rey mandou logo lá o Prior D. Alvaro Gonçalvez com muita gente, mas naõ aproveitaraõ nada: e querendo el Rey mudar o artificio da bastida para prosseguir o combate de Melgaço, mandou chamar a Rainha, para que a viesse ver como se entregava. E a huma segunda feira, que eraõ tres dias de Março, depois de comer, mandou el Rey que abalasse a bastida com seus engenhos contra a Villa, e se moveo com grande força de gente, e andou dezoito braças. Após ella moveo huma ala, e despois outra e estiveraõ ambas arredadas do muro. Despois moveraõ a bastida outra vez, e foi bem: e chegou tanto á Villa, que punhaõ hum pé dentro do muro, e outro na escada; e sobio muita gente do Prior primeiro que todos, e mandou el Rey que se retirassem a fóra. Entaõ se fez prestes para mandar combater, e mandou a dez homens de armas que sobissem no mais alto sobrado, onde hiaõ as pedras de maõ, e moveo tudo juntamente, as escadas, e a bastida, em que hiaõ os homens de armas, e bésteiros. Da bastida sairaõ homens com grossos paos, que acostavaõ ao muro, e punhaõ tantos delles, que ficavaõ emparados os debaixo das pedras, e fogo, que de cima do muro lançavaõ; mas os de baixo lançavaõ muitas pedras aos de dentro, por naõ terem defensaõ. E enfadados os da Villa, mandaraõ outra vez pedir a el Rey lhes mandasse falar; e tornou lá a isso o Prior, naõ querendo el Rey consentir em avença alguma, sendo cousa que aos outros lugares concedia benignamente; mas queria tomalos por força, para se vingar de algumas palavras descortezes, que contra elle tinhaõ dito: e sobre isso ouve altercação entre el Rey, e os seus. Joaõ Rodriguez de Sá disse a el Rey, que lhe parecia bem fazerlhe partido, pois o cometiaõ; porque, tomandoos por força, lhe podiaõ matar algum homem, com que fosse anojado. El Rey lhe disse com ira, que quem tivesse medo, naõ entrasse na escala. Eu, senhor, disse Joaõ Rodriguez de Sá, naõ no tenho, se dizeis isso por mim: mas cuido que nunca me conheceste por tal. Nem eu (disse el Rey) o digo por vós; mas digoo, porque os tenho já por rendidos. A gente miúda, com dezejo de roubar, queriaõ  que perseverasse até tomar a Villa por força. Os nobres estavaõ por Joaõ Rodriguez. Em fim el Rey consentio na entrega a partido; e tornou lá o Prior, o qual assentou com elles, depois de muita razoes, que dessem a Villa, e o castello, e elles sahissem em calsas, e gibões sem outra cousa. Desta maneira foi dada a Villa de Melgaço, avendo cincoenta e tres dias que estava cercada. Dada a Villa por esta maneira, correo nova polo arraial que todos os cercados aviaõ de sahir despidos com suas varas nas maõs. Os moços, sem lho alguem mandar, ouvindo aquillo, foraõ colher varas, e cada hum trouxe o seu feixe, e pozeraõse á porta da Villa, para, quando os cercados sahissem, lhas meterem nas maõs a cada hum. Nisto, primeiro que todos, sahio hum mancebo pouco mais de vinte anos, e chegou onde el Rey estava: e, posto de joelhos diante delle, disse que elle era hum fidalgo, que viera áquelle logar per servir a el Rey seu senhor, cujo vassalo era: e por sua desaventura, sendo aquellas as primeiras armas, que tomara para o servir, via que lhe era forçado perdelas, segundo o que com os da Villa sua Alteza tinha tratado, que era a cousa de maior tristeza para elle de quantas lhe poderaõ acontecer, naõ por a perda das armas, que sua valia era pouca, mas porque lhe parecia que já com outras naõ averia nenhum bom acontecimento, se aquellas, que primeiro vestira, as perdesse de tal maneira. Por tanto lhe pedia por mercê lhas mandasse tornar: e quereria Deos que ainda lhe fizesse com ellas tal serviço, salva a honra de el Rey seu senhor, e sua lealdade: com que as ouvesse nelle por bem empregadas. El Rey, em que avia muita humanidade, e cavalaria, vendo a boa indole daquele mancebo, mandou que suas armas lhe fossem tornadas; e naõ se achando, lhe dessem quaes elle escolhesse: e assi só elle sahio armado. Ao outro dia foraõ lançados todos fora despidos em calsas, e em gibões: e os moços, naõ entrando aquillo no partido, metiaõlhe a cada hum sua vara na maõ, e elles as tomavaõ; e alguns por graça diziaõ aos que lhas davaõ: Rogote que me dês huma bem direita, e boa. Assi ouve el Rey a Villa, e o castello, de que deu a Alcaidaria a Joaõ Rodriguez de Sá: e partindo com a Rainha, tornou a Monçaõ.

 

CRONICAS DEL REY DOM JOAÕ DE GLORIOSA MEMORIA, O I

POR DUARTE NUNES DE LEAÕ

LISBOA

Na offic. de JOZE’ DE AQUINO BULHOENS

Anno M. DCC. LXXX