MELGACENSES E O GENERAL NORTON DE MATOS
Apresentação do autor
pelo Rotário
Ernesto Viriato dos Passos Ferreira da Silva
Meu caro Presidente
Minhas Senhoras
Senhores Visitantes e Convidados
Presados Companheiros
Grande satisfação a minha por mais este encontro à Mesa Rotária, em amigo convívio e ao serviço da comunidade, em homenagem a alguém que desde as últimas décadas do século passado até ao último momento da sua vida, se destacou como a mais extraordinária figura de militar, de patriota, e de administrador do Ultramar Português.
Lembrou-se o nosso ilustre Presidente de dedicar uma das habituais reuniões do Rotary Club do Porto à celebração e glorificação da memória do General José Mendes Ribeiro NORTON DE MATOS, que desempenhou, nos últimos cincoenta anos da vida portuguesa, um papel preponderante no plano militar, diplomático e da administração pública ultramarina, com larga visão dos problemas nacionais; que serviu o seu País com extraordinária lucidez de espírito e previsão dos acontecimentos; com notável aprumo, inigualável garra e exaltado patriotismo, impondo em todas as conjunturas, a nacionais e estrangeiros, a sua alerta personalidade, serena e impassível, o seu carácter e forte querer, o seu civismo e arreigado amor pelos direitos e soberania de Portugal.
Acerca da notabilíssima administração da gigantesca figura do General NORTON DE MATOS, na mais portuguesa das nossas Províncias Ultramarinas – em ANGOLA – vai falar-vos o Dr. António Durães, um dos seus devotos admiradores e assíduo colaborador na portentosa obra realizada por aquele ilustre Colonialista, que franqueou o pórtico da História, como um dos grandes da nossa Pátria.
O Dr. António Durães, minhoto pelo nascimento e pelo coração, oriundo da Vila de Melgaço, que foi «sentinela do Alto Minho» e marcou o seu lugar nas lutas e fastos gloriosos da formação da nacionalidade, conta no seu activo mais de quarenta anos de África ao serviço da Nação.
Homem do seu tempo, trabalhador incansável, espírito esclarecido, de penetrante inteligência e vastíssima cultura, o Dr. António Durães evidenciou-se um português de raça, amante da sua Pátria e fanático colaborador da estruturação pacífica do continente negro, onde flutua gloriosamente a Bandeira de Portugal.
Tal é, queridos Companheiros, e meus Senhores, a envergadura do conferente que, na reunião de hoje, vai honrar a tribuna rotária.
Peço-lhe relevância para a modéstia desta apresentação que traduz, a par da minha admiração e amizade, o preito da mais sincera homenagem a sua Exma. Esposa, D. Maria Esménia Durães, sua fiel e carinhosa companheira nas plagas angolanas, a quem peço licença para beijar respeitosamente as mãos.
E para eles queridos Companheiros, peço a nossa usual saudação: uma vibrante salva de palmas.
Em 8 de Maio de 1967
ANGOLA E O GENERAL NORTON DE MATOS
(Subsídios para a História e para uma Biografia)
António Augusto Durães
Advogado
Edição do Autor
Maio de 1976
pp. 7-8