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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

NÚCLEO MUSEOLÓGICO DE MELGAÇO

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ACHADOS ARQUEOLÓGICOS DE MELGAÇO CONVERTIDOS EM MUSEU

 

16.02.2001 – Por Lusa

 

Os achados arqueológicos resultantes das escavações que decorreram na Praça da República, em Melgaço, vão ser convertidos em peças de museu, numa empreitada que deverá estar concluída no início do Verão.

Segundo o chefe das escavações, Brochado de Almeida, o principal achado é um fosso medieval desconhecido em todos os registos documentais e gráficos, mas também a antiga muralha da vila, agora descoberta.

O espaço museológico a criar, cujo estudo prévio já foi aprovado pelo Instituto Português do Património Arquitectónico, resultará do restauro do fosso medieval e da muralha.

Algumas das peças arqueológicas encontradas serão também objecto de restauro e reprodução de forma a poderem ser expostas, estando ainda previsto a criação de painéis informativos e explicativos para auxiliar os visitantes a interpretar aquilo que vão observando ao passarem no espaço entre o fosso medieval e a muralha.

Durante as escavações na Praça da República de Melgaço foi encontrado um vasto espólio de cerâmica, pertencente aos séculos XVII, XVIII e XIX, estando muitos dos fragmentos em condições de restauro, além de cerca de três dezenas de moedas, de que há a destacar uma moeda de 400 réis de D. João I.

Estas escavações arqueológicas, que decorreram de Dezembro de 1999 a Maio de 2000, precederam as obras de remodelação da Praça da República, já que a câmara não quis correr o risco de ver as máquinas destruírem alguns pedaços da história do concelho. É que a Praça da República situa-se no enfiamento da couraça nova desenhada por Duarte d’Armas, que protegia o acesso ao posto de abastecimento da vila e que, posteriormente, viria a ser remodelada, por altura das obras de adaptação da fortaleza moderna.

Segundo Rui Solheiro, presidente da autarquia local, a remodelação da Praça da República, actualmente em fase de conclusão, visa aproveitar ao máximo as potencialidades do espaço como zona de estadia e encontro, acabando com o “uso desregrado” que ali se registava, “fruto da falta de elementos organizadores e caracterizadores”.

A empreitada está orçada em cerca de 100 mil contos (498 mil euros), metade dos quais será garantida pela parte pública do Projecto Especial de Urbanismo Comercial, desenvolvido no âmbito do Programa de Apoio à Modernização do Comércio (Procom).

 

Publicado no jornal Público

 

http://desporto.publico.pt/Londres2012/noticias