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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

O GUERRILHEIRO EM CASTRO LABOREIRO

melgaçodomonteàribeira, 28.09.19

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INTENTO DE DETENCIÓN DE MANOLO (VICTOR GARCÍA “EL BRASILEÑO”) POR LA GUARDIA FISCAL PORTUGUESA

 

El intento de detención de Manolo (Dente de Ouro) es ya  leyenda popular.

La mayoría de gente de Pereira – Portugal, lo conocía. Aqui contamos la versión de Domingo Alonso (D.A.R.) una de las personas más próximas a los protagonistas en el territorio y personalmente.

El 2 de Mayo de 1943 por la noche, en Castro Laboreiro después de una cena conjunta en la que participaba Manolo, un guarda fiscal llamado Carlos intentó deternele. Al parecer hubo un diálogo previo:

“Señor Manolo, dese preso”.

“Déjeme en paz si no quiere tener problemas” le respondió.

El diálogo finalizó cuando, sintiéndose acosado Manolo, le disparó desde el bolso de la gabardina y le mató.

Huyó para Ribeiro de Cima, y se refugió en casa de Rosa Alves “La Africana”. Probablemente en este acidente participó también  “Enrique” (Ramón Yañez).

Estando en Ribeiro de Cima en casa de “La Africana”, Manolo fue cercado por unos veinticinco (25) guardias fiscales. Primero salió “Enrique” por un agujero hecho en la pared de la casa, com acuerdo previo de cubrir luego la salida de Manolo. No obstante “Enrique”, al verse acosado por los guardias, huyó. Salió luego Manolo por la puerta que daba al camino y gritó a los guardias:

“Dispararé al primero que se mueva!”.

“Oh, señor Manolo. Usted no debe hacer eso” respondió el jefe de los guardias.

La situación de la casa al lado del camino y la estrechez de éste, facilitó que probablemente Manolo les pudiese apuntar com sus armas a uno o a varios de ellos. Manolo se fue alejando sin que se atreviesen a dispararle.

José (J.A.P.) transmitía la creencia popular de que los guardias le tenían miedo.

Cuando ya estaba lejos abrieron fuego. Manolo huyó para siempre.

En la zona no se supo más de él, aunque su persona y sus hechos fueron recordados durante mucho tiempo y siguen vivos en la historia del lugar.

 

Retirado de: Víctor García G. Estanillo el Brasileño

http://blocs.tinet.cat/lt/blog/victor-garcia-g.-estanillo-el-brasileno

 

A NEVE MÁ

melgaçodomonteàribeira, 21.09.19

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MORTE BRANCA

 

Naquela fria e alva madrugada,

Enfrentando a chuva e o nevoeiro

Partiram sós, de Castro Laboreiro,

Carolina e sua irmã amada.

 

Alegres, riam por tudo e por nada,

No bolso levavam algum dinheiro;

Iam comprar ali, no estrangeiro,

O bacalhau, azeite e a pescada.

 

No regresso, por terras da Galiza,

Ao entrar na alta e dura montanha,

A neve caía com insistência;

 

E no inferno o demónio giza,

Com estranho ódio, raiva e manha,

A morte da virtude, da inocência.

 

Nota: as duas irmãs ficaram soterradas na neve a 17/12/1917; a Carolina casara em Outubro desse ano.

 

OS MEUS SONETOS (E OS DO FRADE)

Joaquim A. Rocha

Edição do Autor

2013

p.128

 

 

PORTUGAL DE PERTO

melgaçodomonteàribeira, 14.09.19

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Os últimos dias da minha viagem foram de solidão invernal. Era já fim de Novembro de 2010 e poucas pessoas habitavam quer a zona da serra da Peneda quer o planalto, em Lamas de Mouro ou Castro Laboreiro. Quando alcancei o Santuário de Nossa Senhora da Peneda às cinco da tarde, vindo do Soajo, não encontrei ninguém. O hotel ao lado do Santuário fechara para remodelação. À porta da igreja, uma vaca pastava pachorrenta, só incomodada mais tarde por uma cadela que teimou em me acompanhar.

Em Lamas de Mouro e depois em Castro Laboreiro, um vento gélido fustigava a montanha e havia quem já previsse neve para o fim-de-semana seguinte. Na manhã do meu último dia de viagem, escolhi uma estrada estreita assente em território português mas virada para a Galiza para chegar a Cevide, a última etapa. Lembro-me que ainda suportei pedras de granizo e chuva muito fria. Era domingo e os altifalantes da Igreja de Cristóval emitiam indiferentes a missa para os dois lados da fronteira.

Ironia do destino, em Cevide, freguesia de São Gregório (*) e concelho de Melgaço, terminei a viagem a conversar com antigos contrabandistas, um português e outro galego, amigos de longa data. Recordaram a passagem de bananas, café e arroz ainda nos anos de 1980. O fim da actividade ditou a desertificação do local, mais uma terra marcada pela emigração. «Isto aqui morreu, aqui não há futuro…», desabafava o ex-contrabandista Manolo, em Frieira, do outro lado da fronteira. Na ponte internacional, Mário Olímpio, meu anfitrião em Cevide, apontava para o meio do rio Minho: «Estás a ver, ali mesmo no meio do rio? Ali é a linha de fronteira.»

 

(*S. Gregório não é freguesia. Cevide e S. Gregório pertencem à freguesia de Cristóval)

 

 

MELGAÇO, ÁGUAS DO PESO

melgaçodomonteàribeira, 07.09.19

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LUGARES DE CURA E DE LAZER: PRAIAS E TERMAS DO NORTE DE PORTUGAL ENTRE OS FINAIS DO SÉCULO XIX E INÍCIOS DE NOVECENTOS

 

Alexandra Esteves

 

Eram igualmente afamadas as águas das termas do Peso, na freguesia de Paderne, concelho de Melgaço. O pedido de aproveitamento das águas do Peso para fins medicinais foi registado na Câmara Municipal de Melgaço em 1884. Após uma época aurea, em que se enchia de aquistas em busca de cura para os seus males, seguiu-se um período de abandono que se prolongou por mais de 15 anos. Entretanto, o complexo termal do Peso retomou a sua atividade.

O desenvolvimento da vertente lúdica e social acabou por se verificar nas estâncias termais, como consequência das longas estadias que os tratamentos exigiam. Deste modo, a falta de saúde acabava por servir de pretexto para momentos de reunião familiar, pois raramente o aquista partia sozinho. Para ocupar os tempos livres, os hotéis proporcionavam muitas vezes actividades de entretenimento, procurando atrair e satisfazer uma clientela cada vez mais exigente. Por isso, contratavam atores e músicos, organizavam-se bailes, festas, jogos, soirees e passeios.

 

http://academia.edu