OS SEISCENTISTAS
CAPITÃO PEDRO DE FARIA E SOUSA
(…)
«Por motivo da morte de Manuel de Faria e Sousa se passou de Castella a este reino com toda a sua família, seu filho o Capitão Pedro de Faria e Sousa, onde foi bem recebido por el-rei D. João IV, que por alvará de 9 de Março de 1651, lhe fez mercê de um logar de justiça que estivesse em relação com a sua pessoa, attendendo à falta de meios em que se achava ao ter-se passado de Castella a este reino e ser filho de pessoa tão benemérita n’elle pelos escriptos e obras que compoz e deu à impressão, e na mesma data lhe faz mais mercê de uma tença de 50$000 na reguengo de Aguiar.» (Op. cit., I, p. 336.) Joaquim de Vasconcelos publicou uma carta dirigida ao capitão Pedro de Faria, governador de Castelo de Castro Laboreiro, com data de 11 de Fevereiro de 1653; nela se tratava de contratar um músico castrado (capon) que estivera com noventa escudos de salário na igreja de S. Tiago, dizendo «ya lo he oydo e su musica no es mucho avantajada». Esta carta foi pelo capitão Pedro de Faria remetida ao visconde de Vila Nova de Cerveira, da província do Minho, que a mandou ao secretário das mercês Gaspar Severim de Faria.
História da Literatura Portuguesa (Recapitulação)
Vol. III – Os Seiscentistas
3ª Edição
Teófilo Braga
Edição – Imprensa Nacional-Casa da Moeda
Novembro 2005
p. 291