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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

BOTICAS E BOTICÁRIOS

melgaçodomonteàribeira, 29.10.16

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BOTICAS E BOTICÁRIOS NO DISTRITO DE VIANA DO CASTELO NO SÉCULO XIX

 

Alexandra Esteves

Docente da Universidade Católica Portuguesa

Investigadora do CITCEM-UM

 

 

Em 1840, no concelho de Melgaço, havia cinco farmacêuticos. Apenas dois exerciam funções na vila e os restantes nas freguesias de Cristóval, Paderne e Prado. Vinte anos mais tarde, em 1860, aquele número subsistia, mas três residiam em Cristóval, um em Prado e outro na sede do município. Dos cinco boticários a laborar no concelho três eram galegos, embora a sua formação tenha sido feita em Portugal, o que se explica pela proximidade geográfica com a província espanhola da Galiza. Nos anos seguintes, houve uma redução no número de boticas e, em 1890, restava, em todo o concelho, apenas um farmacêutico. Em contrapartida, tinha um elevado número de curandeiros, que, por razões óbvias, representavam um perigo para a saúde pública. Em 1860, segundo a relação apresentada pelo administrador do concelho de Melgaço, foram contabilizados onze charlatães, dispersos por várias freguesias, cinco deles naturais da Galiza e todos do sexo masculino. A situação era agravada pelo facto de o concelho não dispor de qualquer partido de medicina, contando apenas com um cirurgião, cinco boticários e um sangrador. Este quadro leva-nos a presumir que os cuidados de saúde estavam entregues a indivíduos sem habilitação adequada.

 

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