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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

INDISCIPLINA CLERICAL

melgaçodomonteàribeira, 17.09.16

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LUCAS DE ABREU MAGALHÃES (P.e)

 

Filho de Pedro Gomes de Abreu e Ana Gomes, Nº 9 do Costado Magalhães de S. Julião de Baixo, foi presbítero e morou no lugar do Viso da freguesia de Chaviães e durante muitos anos prestou os serviços à Misericórdia local como capelão.

Faleceu em 6 de Agosto de 1737 e ao seu funeral anda ligada uma triste e flagrante prova da indisciplina clerical desses tempos.

Foi este um dos muitos padres melgacenses marcados com o ferrete da imprudência por à sombra da fragilidade humana sacrificar nos altares de Afrodite como qualquer leigo. Assim ferreteado decerto não deixou de ser vítima dos costumes sociais por ter sido empurrado para o breviário, quando o corpo lhe pedia matrimónio.

De qualquer das formas é certo não ter sido cauto o padre e como deste seu proceder deixou ficar provas no mundo melgacense, aqui se invocam para ficarem conhecidos alguns dos seus descendentes.

Embora no seu testamento apenas refira duas amantes – Maria Fernandes, galega e Camila Rodrigues, portuguesa e de Paços – três foram os seus aconchegos de solteirão, porquanto naquele número de amásias também se deve incluir a Maria Gomes, solteira, de Chaviães.

 

O MEU LIVRO DAS GERAÇÕES MELGACENSES

Volume II

Augusto César Esteves

Edição da Nora do Autor

Melgaço

1991

pp. 101-102