MEMÓRIAS
Estas histórias, simples no contar e simples no ouvir, não foram “trabalhadas” na memória, emergiram de um passado já mais-do-que-perfeito.
Foram contadas ao acaso e a “propósito de algo” que surgia nas aulas de alfabetização, de jovens da 3ª idade, no Centro de Convívio de Prado.
E se registássemos essas lembranças guardadas no baú das recordações?
Durante 3 meses, os idosos empenharam-se em rebuscar nos seus livros, de folhas amareladas pelo tempo, nas suas memórias de rapazes e raparigas, histórias de moralidades, poesias de namorados e cantigas de amigo.
Fez-se a recolha dos textos escritos e orais, registaram-se e, assim, nasceu “Memórias”.
Sem o contributo da voz da experiência, muito de que outrora se cantava e declamava nos serões, nas desfolhadas, nas lavradas e festas religiosas, perder-se-ia no tempo e não teríamos a oportunidade de “passar o valioso testemunho” para as gerações deste novo milénio.
Um bem haja a todos aqueles que colaboraram para que esta colectânea fosse uma realidade.
Não deixe que a recordação vos maltrate a alma, pois como diz a canção: “Recordar é Viver”.
Sejam Felizes
Eva Martins
Memórias, gentes de Melgaço
Edição Câmara Municipal de Melgaço
2001