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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

UMA ASSOCIAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA

melgaçodomonteàribeira, 21.12.13

 

Orquestra dos Bombeiros Voluntários de Melgaço

 

 

ASSOCIAÇÃO ARTÍSTICA MELGACENSE

 

 

Lê-se no Correio de Melgaço: « No passado domingo, 19/10/1913, reuniram-se vários elementos das classes trabalhadoras desta Vila, resolvendo entre si lançar as bases de uma sociedade musical, dramática, instrutiva e beneficente, com sede nesta Vila, que se denominará Associação Artística Melgacense. Nessa reunião foi nomeada uma comissão, a qual ficou com poderes para agregar a si pessoas que julgue necessárias para levar avante a organização da nova sociedade. Hoje (26/10/1913) deve ter lugar nova reunião em que a comissão apresentará os seus trabalhos, podendo comparecer todos os indivíduos que desejem inscrever-se como sócios fundadores. Oxalá as classes trabalhadoras de Melgaço possam ver em breve realizadas as suas aspirações. Da nossa parte temos de louvar a bela ideia de dotar a nossa terra com uma Associação onde os artistas (sapateiros, alfaiates, serralheiros, barbeiros, etc.) possam agrupar-se, defender os seus interesses e regalias, tendo em vista “um por todos, e todos por um” ».

 

No Correio de Melgaço, nº 82, de 11/1/1914, lê-se: « promovido por uma comissão de sócios, realizou-se, no dia 6, na sede desta sociedade, à Rua Teófilo Braga, um baile dedicado às famílias dos sócios, o qual decorreu na melhor ordem, dançando-se animadamente até às duas da madrugada. Nos intervalos foram recitados alguns monólogos e organizaram-se diversas diversões, danças populares, que conservam a assistência em constante hilaridade. As salas achavam-se lindamente ornamentadas com heras, fetos e flores, produzindo agradável efeito. Parabéns aos promotores ».

 

Na Orada, Santa Maria da Porta, faleceu, a 1/3/1952, o padre Manuel José Domingues, segundo alguns o fundador da Associação Artística Melgacense « pela qual muito se bateu, e que outros não saberiam aguentar ». (Notícias de Melgaço, nº 1016, de 9/3/1952).

 

 

Dicionário Enciclopédico de Melgaço II

Joaquim A. Rocha

Edição do autor

2010

pp. 34,35