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MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

MELGAÇO, DO MONTE À RIBEIRA

História e narrativas duma terra raiana

AS ANDANÇAS DE D. LOPO DIAS DE SOUSA

melgaçodomonteàribeira, 16.11.13

 

Festa da Cultura – casamento medieval


 

D. João, no Curvai do Pinheiro da Bemposta, em fins de Julho, entrada da canicula, cái com grande dôr de quentura.

A doença (soalheira, suadela, arrefecimento súbito, meio propício, pneumonia em campo?) invade o seu forte organismo com intensidade tal que o prostra, chegando a estar às portas da morte, a ponto de fazer testamento.

Para fortuna nossa não morre.

Restabelecido, ocupa-se dos negócios internos do seu reino que, agora em relativa paz, tanto carece de ordem.

Em Braga reúne Cortes, Dezembro de 1387, onde vemos D. Lopo Dias de Sousa, que, deste ano em diante, ora acompanha o rei, como soldado, ora a rainha, como seu mordomo-mór.

A guerra recomeça e em Melgaço na sua longa expugnação, toma o seu logar de chefe da sua cavalaria, tendo também o de ao lado de D. Filipa que, a convite do marido, tinha vindo ao acampamento para lhe dar o brilhante espetáculo dum assalto à praça que capitula no princípio de Março.

Do Minho partem para Lisboa, onde fica a rainha, por D. João saber que os castelhanos tinham entrado pelo Alemtejo, onde havia povoações cujos alcaides lhes eram afeitos.

 

 

Retirado de:

Três Mestres da Ordem de Cristo

Academia das Scièncias de Lisboa

Coimbra – Imprensa da Universidade

1916

 

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